O Vasco foi a Fortaleza nesta terça-feira, embalado pelas duas vitórias consecutivas (contra Puerto Cabello e Sport) e com a chance de dormir na liderança do Brasileirão.
No Castelão, a defesa do Vasco teve uma noite desastrosa e foi crucial para a derrota. No primeiro gol, João Victor fez um recuo errado de cabeça, e Lucas Freitas demorou para reagir, permitindo que Pedro Raul ficasse livre.
O problema não se limitou à fraca atuação defensiva.
O time de Carille teve novamente dificuldades para acelerar as jogadas, como o próprio treinador reconheceu na coletiva pós-jogo. Sem Philippe Coutinho, que foi poupado e nem viajou para Fortaleza, a equipe criou poucas chances, especialmente nos primeiros 60 minutos.
À medida que sua passagem pelo Vasco se aproxima do fim, Payet novamente decepcionou como substituto de Coutinho. Ele não foi o criador necessário. O francês teve apenas uma finalização perigosa aos sete minutos e nada mais. Além disso, outro jogador apagado foi Benjamín Garré, que só é titular na ponta direita porque Adson ainda não está pronto para começar jogando.
Por outro lado, diante da necessidade de diminuir o prejuízo no placar, como já havia acontecido na rodada anterior, o Vasco melhorou no segundo tempo com as entradas de Adson, Jair e Rayan. O jovem atacante foi o melhor em campo, mesmo tendo jogado apenas 45 minutos, e foi dele a assistência para mais um gol de Pablo Vegetti. Embora seja bom ver o capitão vascaíno, artilheiro do campeonato com quatro gols, sempre presente para marcar, o jogo do Vasco não pode depender apenas disso.
No entanto, quem tem um elenco top-8 no país, como o presidente Pedrinho definiu antes do início do Brasileiro, não pode confiar em Alex Teixeira e Jean David para evitar uma derrota fora de casa. O chileno entrou aos 48 minutos do segundo tempo e gerou revolta na torcida com dois ou três toques na bola – em um deles, foi desarmado no ataque e quase deu um gol para o Ceará.
Como foi o jogo
Carille teve que lidar com desfalques importantes para escalar o Vasco nesta terça-feira. Além de Maurício Lemos, que se recupera de uma fratura na costela e já não havia atuado contra o Sport, o técnico também não contou com Coutinho (poupado) e Tchê Tchê (que não viajou por um problema familiar). Em seus lugares, Lucas Freitas, Payet e Paulinho foram escalados.
A única chance do Vasco no primeiro tempo foi uma finalização de Payet aos sete minutos. De forma geral, o time estava arrastado em campo, sem opções para sair com a bola e sofrendo com a forte marcação do Ceará. A equipe não conseguia ameaçar o gol defendido por Bruno Ferreira. Além disso, Paulinho ainda está longe de ser o jogador que era antes da lesão no joelho, e Payet não conseguiu entregar o que Coutinho vinha oferecendo nos últimos jogos. Consequentemente, o meio de campo se tornou um vazio de ideias.
Como se não bastasse
A partir dos 15 minutos, Pedro Raul passou a dominar as bolas levantadas na área. João Victor e Lucas Freitas tiveram dificuldades para marcar o ex-atacante vascaíno, que abriu o placar aos 29. Os zagueiros cochilaram no lance.
Carille, insatisfeito com a postura da equipe, fez mudanças no intervalo. Colocou Jair, Adson e Rayan em campo. Repetiu as substituições feitas contra o Sport, com Adson pela direita e Rayan pela esquerda.
O Vasco melhorou e acertou suas únicas quatro finalizações no gol: dois chutes de Rayan, um de Jair de fora da área e o gol de Vegetti nos acréscimos. A partir dos 20 minutos, a equipe de Carille dominou as ações, mas uma falha defensiva impediu a reação. Assim, Pedro Raul fez o segundo gol para o Ceará.
No entanto
O gol do Vasco veio tarde, aos 47 minutos. Considerando o histórico recente do Ceará, que tem dificuldades para segurar placares, o time se animou. Entretanto, tropeçou nas próprias pernas e não conseguiu pressionar. Com isso, o Vasco tem seis pontos e uma sequência difícil de quatro jogos fora de casa, incluindo Flamengo e Palmeiras. Portanto, precisa melhorar rapidamente para voltar a pontuar.