O ex-presidente Jair Bolsonaro, com a cara de pau que o caracteriza, está pessoalmente no Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar o julgamento sobre as graves acusações que pesam sobre ele: tentativa de golpe de Estado. Seu advogado tenta justificar o injustificável, afirmando que Bolsonaro “faz questão de enfrentar a acusação absurda”, como se fosse um grande ato de coragem. Mas a verdade é que o processo investiga ações que, supostamente, foram orquestradas por ele para contestar o resultado das eleições de 2022 e gerar uma instabilidade política gigantesca no Brasil. Ele nega as acusações, claro, se dizendo inocente, como sempre. Mas, por mais que tente se defender, a sombra das acusações e do caos que ele ajudou a fomentar não vai desaparecer facilmente.
Julgamento de Bolsonaro sobre tentativa de golpe começa no STF
O julgamento de Jair Bolsonaro sobre a tentativa de golpe de Estado teve início nesta terça-feira (25), sendo conduzido pela 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), composta pelos ministros Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.
As defesas tentaram, de todas as formas, barrar a participação de Zanin, Moraes e Dino, mas suas tentativas foram frustradas. Isso é um claro sinal de que a pressão bolsonarista para manipular o julgamento não teve sucesso e enfrentou uma derrota significativa. O STF não se deixou intimidar e seguiu com o processo como deveria.
Bolsonaro e aliados enfrentam acusação de golpe de Estado no STF: O que está em jogo
Jair Bolsonaro resolveu encarar o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que pode marcar sua entrada para a história como réu por tentativa de golpe de Estado. Caso a denúncia seja aceita, ele se tornará o primeiro ex-presidente do Brasil a ser acusado de crimes tão graves, como tentativa de golpe, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa. Por outro lado, se a acusação for rejeitada, o caso será arquivado e Bolsonaro sairá vitorioso, limpando sua barra mais uma vez. Dessa forma, o futuro do ex-presidente está nas mãos do STF e do rumo que a Corte decidir seguir.
Além disso, a situação não se limita a Bolsonaro. Outros sete aliados de seu governo estão diretamente envolvidos nessa investigação. São eles:
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Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
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Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha
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Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF
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General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional
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Mauro Cid, ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência
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Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
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Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil
Esses oito ex-integrantes do governo Bolsonaro estão sendo acusados de crimes gravíssimos, como golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Nesse sentido, se a denúncia for aceita, a pressão sobre todos será imensa, e o futuro deles poderá ser comprometido de forma irreversível. O cenário, portanto, é de grande tensão, e o desfecho poderá mudar a história política do Brasil para sempre.